domingo, 31 de agosto de 2008

A Escola de Platão

Paris é uma cidade cheia de recantos, "de savoir faire, savoir vivre, savoir aimer..."


Conhecer Paris faz parte da rota dos amantes da Beleza, da Arte, da Música e da Fantasia!
Paris é uma cidade belíssima!



Um domingo, faz algum tempo, levantei-me cedo e visitei mais uma vez o Museu d'Orsay


Passei horas a fio desfrutando o gosto de ver coisas belas, de me encontrar noutro mundo, longe da rotina do dia-a-dia.
Bem no fim da visita repousei como sempre, longos minutos, olhando esta inspiradora pintura de Jean Delville (1889) http://www.musee-orsay.fr/en/collections/works-in-focus/search/commentaire/commentaire_id/platos-school-3096.html?no_cache=1&cHash=cb44e4969b
A não perder!
Bom Domingo!



sábado, 30 de agosto de 2008

Eu amo tudo o que foi

Eu amo tudo o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que me já não dói
A antiga e errónea fé
O ontem que dor deixou
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.
(Fernando Pessoa, 1931)



Amor é o olhar total, que nunca pode


Amor é o olhar total, que nunca pode
ser cantado nos poemas ou na música,
porque é tão-só próprio e bastante,
em si mesmo absoluto táctil
que me cega, como a chuva cai
na minha cara, de faces nuas,
oferecidas sempre apenas à água.

(Fiama Hasse Pais Brandão )

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Orquídea, Ajuda 2006


De vez em vez aqui reverás flores que temos visto juntos ...ou não!


Lis-óptima-boa !!!


Pela certa que ninguém duvida que esta cidade é linda, mas... http://lisboasos.blogspot.com , vale a pena espreitar!

Deficiências...

DEFICIÊNCIAS
De Mário Quintana

"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

"Louco"' é quem não procura ser feliz com o que possui.

"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois

" A amizade é um amor que nunca morre".



domingo, 24 de agosto de 2008

Alentejo

Conheço esta árvore há muitos muitos anos. É um sobreiro certamente centenário e que estaria rodeado de tantos outros mas que de repente atravessaram-lhe a casa com uma estrada (entre Melides e S. André, do lado esquerdo nessa direcção...). Ia sempre conversar com ela todos os anos, este ainda não a vi!


Quando ouço ao telefone a voz que brinca


Quando ouço ao telefone a voz que brinca
e canta, sem saber, os dias novos,
pouco me importam tempo, espaço, luas,
ou maneiras sequer de ser humano.

Vagueio pelo ar, e arranco estrelas
ao cenário sem fim do universo;
e faço pobres contas aos cabelos
depenados no chão, verso após verso.

Nada é real, senão o meu desejo,
nem sei de lei nenhuma que não dobre
a dura mansidão da tua boca;
inventou-nos um deus, para que seja
veloz o lume na manhã sem nome,
e chama viva a voz que nos consome

(António Franco Alexandre)

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

O sorriso que necessitamos...

O teu riso

Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.

Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.

A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.

Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.

À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.

Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

Pablo Neruda

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Speklia formosissima


Todos os anos, pela Primavera, estas flores nascem em minha casa. Depois vem o Verão e desaparecem...
Como sinto a sua ausência pelos dias adiante e como me alegro vê-las regressar !
Já disse adeus
A tanta terra a tanta gente
Nunca senti
Meu coração tão magoado
Inquieto por saber
Que o tempo vai passar
E tu vais esquecer o nosso fado...

(http://www.youtube.com/watch?v=Afbph9EN6ZY)